Motorista que atropelou família e matou criança em Fazenda Rio Grande é indiciado por homicídio doloso
Segundo polícia, ele foi indiciado por mais três crimes e está preso preventivamente. Wesley de Souza, de 9 anos, morreu no acidente. Defesa afirma que motorista passou mal e perdeu controle do volante.
A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) concluiu o inquérito e indiciou por quatro crimes o motorista Jhonatan Pereira da Luz, de 38 anos, que atropelou cinco pessoas da mesma família enquanto caminhavam, em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. Wesley de Souza, de 9 anos, morreu no acidente.
Jhonatan foi indicado por homicídio doloso (quando se assume o risco de matar), lesão corporal dolosa, embriaguez ao volante e direção perigosa.
O advogado Diógenes Gamaliel defende o motorista e afirma que vai comprovar que o cliente “teve um mal súbito” e perdeu o controle do volante, causando o atropelamento.
A defesa afirma que também comprovará que o investigado não estava ao telefone no momento da batida. O advogado prestou condolências à família atingida e chamou o episódio de “fatalidade”. Segundo ele, Jhonatan está à disposição para prestar esclarecimentos.
O Ministério Público (MP-PR) pediu à polícia mais informações como laudos de prontuário médico e lesões corporais das vítimas; laudo do Instituto Médico Legal (IML) da criança que morreu, laudo de perícia do carro que causou o acidente e os depoimentos de testemunhas.
A corporação tem 72h para entregar essas informações à promotoria. Depois, o Ministério Público definirá se o motorista será denunciado à Justiça.
Vítimas
O menino Wesley de Souza, de 9 anos, morreu no acidente. O padrasto dele ficou em estado grave, mas apresentou melhora e deixou a UTI. A mãe do menino e duas irmãs, incluindo uma bebê de um ano, tiveram ferimentos leves.
De acordo com a Polícia Civil, um teste do bafômetro indicou que o motorista estava bêbado quando provocou o acidente.
Após receber alta, o homem foi encaminhado para a delegacia ser ouvido, mas permaneceu em silêncio. Em seguida, ele foi encaminhado ao sistema penitenciário.
Como foi a audiência de custódia
Na audiência de custódia, que durou 15 minutos, a juíza Paula Chedid Magalhães manteve a prisão preventiva.
Na decisão, a magistrada citou relatos de testemunhas ouvidas pela Polícia Civil que confirmaram que o motorista estava dirigindo alcoolizado e fazendo manobras perigosas antes de atropelar a família.
Segundo a juíza, imagens de câmeras de segurança e os depoimentos demonstraram que o motorista dirigia embriagado, invadiu a pista contrária e ainda utilizava um celular, “assumindo o risco do resultado”.
O caso
Conforme a polícia, a família estava indo buscar um armário que tinha ganhado quando foram atingidos pelo carro em alta velocidade.
Após o impacto, o carro capotou. No acidente, o bebê da família chegou a ser arremessado.O motorista permaneceu no local até a chegada dos policiais, porém, conforme os agentes, mal conseguia falar. Ele fez o teste do bafômetro, que apontou 0,62 para ingestão de álcool.
O carro que ele dirigia ficou destruído. Veja: